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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Enfermeiros de prática avançada atendem com a mesma eficácia que médicos

Revisão de dados revela que eles podem exercer atividade autônoma, ajudando a suprir a falta de médicos em cuidados primários

O número de médicos de cuidados primários nos Estados Unidos é pequeno para atender a demanda e a reforma da saúde só vai aumentar o problema. É aí que entram em cena os enfermeiros de prática avançada, como os enfermeiros obstetras.

O relatório " Advanced Practice Nurse Outcomes 1990-2008: A Systematic Review" realizou uma avaliação inovadora da qualidade dos cuidados prestados por estes profissionais e aponta que eles possuem as habilidades necessárias para uma prática autônoma que possa ajudar a suprir a necessidade crescente por serviços na saúde pública americana.

As professoras da Johns Hopkins School of Nursing Julie Stanik-Hutt e Kathleen M. White apresentam o que Stanik-Hutt define como "o material do qual a nova política de saúde é feita". A análise de 18 anos de estudos realizados nos Estados Unidos (1990-2008) considerou os cuidados fornecidos por enfermeiras de prática avançada como sendo de qualidade, segurança e eficácia comparáveis aos dos médicos.


Stanik-Hutt diz que o estudo é semelhante à pesquisa que compara a capacidade relativa de dois medicamentos diferentes para tratar a mesma doença. Aqui, o estudo compara a eficácia do tratamento fornecido por enfermeiros de prática avançada e por médicos para as mesmas doenças.

O estudo, conduzido por uma equipe multidisciplinar, descobriu especificamente que os cuidados fornecidos por enfermeiras gerais e enfermeiras obstetras em alguns aspectos até superam o dos médicos. Enfermeiros especialistas clínicos, por exemplo, melhoraram a qualidade da assistência aos pacientes hospitalizados, reduziram os dias de hospitalização desnecessária, a estadia e as readmissões.

De acordo com Stanik-Hutt, os resultados refletem os prismas distintos, mas complementares, através dos quais os enfermeiros e médicos veem os pacientes. Os médicos tratam e curam doenças, os enfermeiros veem os pacientes, não a patologia. Ambos fornecem intervenções eficazes, mas por razões diferentes.

"O estudo não é sobre quem pode prover uma saúde melhor. Em vez disso, o estudo sugere o valor de permitir que médicos e enfermeiros de prática avançada contribuam, cada um, com o que fazem melhor em um ambiente colaborativo, mas autônomo", diz ela.


Fonte: Isaude.net

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