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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Leishmaniose Visceral

O que é a leishmaniose visceral (LV)?


A LV é uma doença grave que, se não for tratada, pode levar à morte em até 90% dos casos humanos. As principais vítimas são as crianças. A doença também acomete os cães.


Como a LV é transmitida?

A doença é transmitida pela fêmea do inseto, quando esta pica cães infectados e, posteriormente, pica humanos. No Brasil, até o momento, não há registros de transmissão entre humanos.


Quais os principais sintomas e sinais clínicos da doença?

Em humanos

• febre irregular de longa duração (mais de 7 dias);
• falta de apetite, emagrecimento e fraqueza;
• barriga inchada (pelo aumento do fígado e do baço, com o passar do tempo).

Em cães

Os cães podem ficar infectados por vários anos sem apresentarem sinais clínicos. Estes cães são fontes de infecção para o inseto transmissor, e, portanto, um risco à saúde de todos.

A única forma de detectar a infecção nestes animais é através dos exames de laboratório específicos.

Quando os cães adoecem, apresentam principalmente os seguintes sinais clínicos

• apatia;
• lesões de pele;
• queda de pelos, inicialmente ao redor dos olhos e nas
orelhas;
• emagrecimento;
• lacrimejamento (conjuntivite);
• crescimento anormal das unhas.


Como tratar a leishmaniose visceral?

Em humanos 

Apesar de grave, a LV tem tratamento para os humanos. Ele é gratuito e está disponível na rede de serviços do Sistema Único de Saúde.

Em cães

O tratamento dos cães infectados não tem eficácia cientificamente comprovada no Brasil. Além disso, mesmo que os sinais clínicos desapareçam, estes animais continuam transmitindo a doença, representando um risco à saúde de humanos e de cães sadios das proximidades. Por isso, o tratamento de cães foi proibido pela Portaria Interministerial nº 1426/2008 e a realização da eutanásia é a única alternativa disponível para que esses cães deixem de representar um risco à saúde pública, ao manter o ciclo de transmissão da LV.


O que faz o poder público para controlar a LV?

• Investiga os casos suspeitos de leishmaniose visceral humana;
• Garante o diagnóstico e tratamento adequado dos casos humanos;
• Realiza o controle químico do vetor, de acordo com critérios estabelecidos pelo Programa de Vigilância das Leishmanioses;
• Realiza exames sorológicos de cães para diagnóstico da LV.
• Recolhe e realiza eutanásia dos cães com LV, mesmo os que não apresentem sinais clínicos;
• Realiza atividades educativas sobre a LV.


Qual o dever do cidadão no controle da LV?

Em primeiro lugar, deve-se evitar a criação e proliferação do inseto vetor da doença, que se reproduz no meio de matéria orgânica e em criadouros de animais. Para isso deve-se:

• evitar a criação de porcos e galinhas em área urbana;
• manter a casa e o quintal livres de matéria orgânica, recolhendo folhas de árvores, fezes de animais, restos de madeira e frutas;
• todo esse lixo deve ser embalado e fechado em sacos plásticos;
• os proprietários de terrenos desocupados devem adotar as mesmas medidas descritas acima.


Os proprietários de cães também devem:

• permitir o acesso das autoridades sanitárias ao seu domicílio, para testagem dos cães e recolhimento dos que estiverem com LV.
• Comunicar a Secretaria Municipal de Saúde caso seu animal esteja infectado.

O tratamento desses cães, além de ser ilegal, coloca em risco a saúde da sua família, da sua comunidade e dos outros cães.


Recomenda-se ainda:

• manter o animal em ambientes telados com malha fina durante o período de maior atividade do inseto transmissor (do entardecer ao amanhecer);
• o uso de coleiras repelentes de insetos;
• adotar a posse responsável do animal, não permitindo que o mesmo fique solto nas ruas.

LEMBRE-SE

Não trate o seu cão se ele estiver com leishmaniose visceral. O tratamento desses cães, além de ser ilegal, coloca em risco a saúde da sua família, da sua comunidade e dos outros cães.





Fonte: Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância Sanitária
Ilustrações: Eduardo Dias (Nucom/SVS)

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