O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo, através de uma parceria firmada com a Fundacentro, promoveu uma pesquisa qualitativa, a fim de entender quais são as dificuldades enfrentadas pelos enfermeiros em seus ambientes de trabalho. As duas instituições instauraram o Protocolo de Intenções de Cooperação Técnica, com o objetivo de apurar a origem das recorrentes queixas de assédio moral e sexual (cometidos por parte dos pacientes), feitas pelos profissionais que trabalham em pronto-socorros.
A pesquisa, conduzida por Tereza Luiza Ferreira dos Santos, psicóloga da Fundacentro, foi desenvolvida de forma humanizada, através de entrevistas e observações dos enfermeiros durantes seus expedientes. As abordagens visavam compreender sentimentos; afetos e emoções presentes na rotina de trabalho.
As análises concluídas em 2012 mostraram que o trabalho que é exigido dos enfermeiros, compreende além das funções técnicas. Envolve responsabilidades que exigem esforço emocional demasiado, o que muitas vezes, leva a quadros que se desdobram em sintomas físicos e emocionais, característicos da violência laboral.
De acordo com a psicóloga responsável pela pesquisa, o ambiente de primeiros-socorros não tem estrutura física capaz de dar suporte às atividades, que vão além da assistência aos pacientes e das rápidas tomadas de decisões. Ainda segundo Tereza Luiza, a área de enfermagem necessita de Políticas Públicas que estendam sua preocupação ao trabalho saudável em horários de pico; escalas de plantão e jornada de trabalho.
Outra conclusão da pesquisa intitulada como “O trabalho do enfermeiro de pronto-socorro”, foi a constatação da carência de literatura nessa área, já que casos de esgotamento físico e mental raramente têm sido associados à síndrome de Burnout.
Para conhecer detalhes sobre a pesquisa, clique aqui e confira o conteúdo na íntegra.
Fonte: Idisa/JusBrasil
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