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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Infarto Agudo do Miocárdio

O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ou Ataque Cardíaco, como é mais conhecido, ocorre quando há a morte do músculo cardíaco, resultante da oferta inadequada de oxigênio para este órgão. Geralmente isso decorre da interrupção abrupta do fluxo sanguíneo nas artérias coronárias, que são os vasos sanguíneos que transportam sangue para o músculo cardíaco.

O principal sintoma do IAM é a dor no centro do peito, descrita pelos pacientes como uma sensação de opressão ou aperto, comumente irradiada para o braço esquerdo, para a mandíbula ou para as costas. Juntamente com a dor, frequentemente ocorrem palpitações, falta de ar, suor excessivo, palidez e sensação de desmaio. Ocasionalmente o IAM pode não ocasionar dor no peito, fato comum em diabéticos, por exemplo.
 
Cerca de 50% das mortes por IAM ocorrem na primeira hora do evento, o que demonstra a importância da assistência médica imediata. 

Trata-se de uma das principais causas de morbimortalidade no mundo. No Brasil, as doenças cardiovasculares são as principais causas de óbitos, respondendo por cerca de 30% do total.

O IAM resulta da aterosclerose, ou seja, da deposição de placas de gordura nas paredes das artérias coronárias, que leva à formação de um coágulo, responsável pela interrupção do fluxo sanguíneo. A aterosclerose tem seu desenvolvimento acelerado pelos chamados fatores de risco cardiovascular. Entre eles, os mais importantes são a idade (homens a partir dos 55 anos, mulheres após os 60 anos), diabetes mellitus, tabagismo, hipertensão arterial, altos níveis sanguíneos de colesterol, histórico familiar de IAM, obesidade e sedentarismo.

O IAM pode ter outras causas, tais como uso de drogas ilícitas, aneurisma da artéria coronária, doenças da aorta e doenças inflamatórias das artérias coronárias. Essas condições, porém, são bem mais raras. 

O diagnóstico do IAM se dá pelos sintomas típicos acima descritos e pela detecção de alterações em exames subsidiários, tais como eletrocardiograma e exames de sangue capazes de detectar a morte das células musculares cardíacas.

A estratégia mais eficaz para a prevenção do IAM é evitar e controlar os fatores de risco, bem como diagnosticar precocemente a aterosclerose, por meio de uma avaliação clínica periódica, que inclua exames como o eletrocardiograma, o ecocardiograma, o teste de esforço,a cintilografia miocárdica, a tomografia das coronárias e, em casos particulares, a cineangiocoronariografia (conhecida também como cateterismo cardíaco).


Prof. Dr. Roberto Kalil Filho,
Diretor Geral do Centro de Cardiologia do HSL



Fonte: Boletim do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês

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